terça-feira, 6 de maio de 2008

FREE HUGS

A cidade enlouquece sonhos tortos
Na verdade nada é o que parece ser
As pessoas enlouquecem calmamente
Viciosamente, sem prazer

A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar
Pelo menos essa noite não


Como o tempo passa e as coisas mudam. Quando eu era menor, os vizinhos ficavam até madrugada na rua conversando.
Hoje, as novelas substituiram isso. As crianças, jogavam bola e brincavam de pique-esconde. Hoje, se ignoram em seus messengers e se perdem em seus orkuts. Se por um lado toda essa tecnologia melhorou as horas de lazer da população, pelo outro, afasta cada dia mais os seres humanos. Ao ínves de jogarem bolinhas de gude no terreno baldio, jogam sinuca online. Até a cervejinha do fim-de-semana está sumindo.
Ao invés de ir a um show, posso acessar aquele link que mostra ao vivo o show do Led Zeppelin direto de Londres. Posso até substituir o estádio pelo pay-per-view. E ao invés de ir pra praça, os velhinhos entram em discussões pelos tantos fóruns do mundo.
Pode parecer hipocrisia, pô, um cara vem falar sobre isso em um blog. Mas eu acredito que todo o espaço que nós temos deve ser bem utilizado, e essa sim é uma forma útil. Vamos sair, vamos falar bons dias, boas noites, não esperar um "fulano está digitando uma mensagem" para obtermos respostas.
Aliás, alguém quer um abraço aí?
Aproveita que por enquanto está de graça!

Au Revoir
JBG

Um comentário:

sblogonoff café disse...

De algumas pessoas eu só posso ter abraços virtuais (...)

Eu vejo as pessoas anestesiadas,com endereços eletrônicos, mas para mim, que estou longe de todos de minha família sanguínea, a internet é uma ponte mais ágil que os serviços da ECT.