sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tombos e lanternas


Hoje eu não vivo só... em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho
Muitos passarão

Acordamos de manhã, querendo queijo, beijo, o frio azulejo. A vida, o dia, começa na ponta dos nossos dedos, nossas línguas, nossos pêlos. O que os olhos não vêem, o coração não sente, então preferimos fechar os olhos pra tudo que é escuro. Nos deixamos guiar pela luminosidade. E é estranho. Andar no claro é andar na corda bamba. E em poucos segundos nos vemos na ponte do rio que cai, a ponte clara e todo o resto, negro. As pancadas do obscuro tentando nos derrubar, nos levar pra um lugar que não gostamos de frequentar. E por mais que a gente tente andar na luz, são tantos dedos nos apontando, tanta coisa acontecendo "lá fora" que a gente cede. E a gente despenca, caí de testa na REALIDADE. Hoje eu decidi que vou fazer diferente. Ao invés de fugir do que é negro, vou ligar minha lanterninha. Em terra de cego, quem tem olho é rei e, na escuridão, um feixe de lanterna é holofote. Hoje uma lanterna, quem sabe amanhã um jogo de luz?

3 comentários:

sblogonoff café disse...

Terminei de ler seu post com um sorriso.
Gosto de luzes.
Simplesmente, gosto de luzes.
Como um inseto. Como a insônia.
Eu sei que nem tudo o que reluz é ouro, mas sei que é mais fácil andar no claro, achar as flores, encontrar caminhos e até... sorrir!
Sei lá, a vida às vezes é dom de vaga-lume!
Espere que brilhe pra você.

Amora disse...

'Em retas linhas
(de essências)
a vida segue calada'

sblogonoff café disse...

JBG, tenho andado tão acelerada...
Fiz um post imenso, mas já que eu apareço mais!!

As luzes continuam brilhando?

Um abraço e Sopro de Eves!!